Avaliando a existência de quebra estrutural na Estrutura a Termo de Juros Brasileira

Objetivo do projeto:
            Uma série de estudos internacionalmente e no Brasil no período mais recente busca avaliar a validade da hipótese de expectativas (HE). A hipótese de expectativas baseia-se na validade de uma condição de não arbitragem entre as taxas de diversas maturidades. Na ausência de risco, de prêmio por liquidez e com mercados organizados e livres, o valor da taxa de prazo mais longo deve ser igual a uma média ponderada das taxas de curto prazo.
            Com a consolidação da estabilidade econômica no Brasil, tornou-se possível transacionar títulos cujo rendimento é fixo em termos nominais com maturidades cada vez maiores. Desta forma vem crescendo o interesse por estudos das propriedades existentes na estrutura a termo brasileira e como esta afeta inflação, produto interno bruto, entre outras grandezas.
            Na análise de período mais longos de tempo torna-se difícil postular que o processo gerador de dados permaneceu inalterado. Muita pesquisa vem sendo feita no intuito de criar modelos que permitam vários regimes ao longo do tempo de forma a tornar a análise de dados mais rica e precisa. A análise dos dados de juros a termo deve apresentar várias fontes de potencial não constância ao longo do tempo tais como prêmio de risco variando ao longo do tempo, heterocedasticidade temporal, mudanças de regime por conta de alterações em política econômica entre outros.

            O objetivo deste projeto consiste em modelar a estrutura a termo brasileira usando técnicas de cointegração multivariadas que permitem quebra estrutural e heterocedasticidade condicional. O trabalho tem como inspiração o estudo realizado por Hansen (2003) aplicado a estrutura a termo americana. Neste artigo o autor documentou a presença de quebra estrutural na média e na variância dos dados de juros americanos. Após controlar por tais quebras o autor não é mais capaz de rejeitar a hipótese de que os spreads – diferença entre a taxa de juros de longa maturidade e curta maturidade – são estacionários. Esta conclusão não era obtida quanto se analisa o caso supondo processos sem mudança estrutural

Participantes:

Pedro Luiz Valls Pereira

Emerson Fernandes Marçal

Financiamento:

Este projeto conta com financiamento do programa PDE-ANPEC-BNDES - 2010.

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